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Eu quero as boas lembranças. Aquelas que eu sei que nunca mais vão sair da minha cabeça, e que toda vez que algo de bom eu ver, um déjà vu vai me paralisar, fazendo um sorriso aparecer em meu rosto, me trazendo alguma lembrança daquele tempo bom.
Eu quero sempre me lembrar dos colapsos de risadas frenéticas, dos sorrisos sinceros e também dos irônicos e forçados. Quero para sempre ter para mim, aquele sentimento de que achei as melhores pessoas para passar um dos melhores momentos da minha vida.
Quero nunca mais me esquecer das gritarias, das "quase" brigas. Dos desentendimentos, das respostas com um tom pesado ou simplesmente daqueles dias em que ninguém estava com paciência, seja por qual motivo fosse.
Não vou me esquecer dos meninos do fundão falando, falando e falando. Da “abrição” de boca do menino vindo dos Estados Unidos. Do futuro professor de educação física sempre muito quieto, mas sempre de conversa com os dois amigos. Do rapaz que foi o primeiro dos meninos a se aproximar de mim. E não me esquecerei de como, um dia, nos demos tão bem e fomos muito bons amigos.
E o jogador de basquete? Aquele alto que senta do meu lado e que não pode me ver durmindo que tem que tirar foto. Podem olhar a apostila de Espanhol dele; aquela letrinha bonitinha e redondinha não é nada parecida com a dele, hen. Esse menino que me fez rir muitas e muitas vezes, que é muito bom na mímica e que caia na gargalhada quando eu falava alguma coisa errada do tipo: A.I: Inseminação Artificial, não é mesmo? Sim, esse mesmo.
Do casal ternura que nem se ouvia a voz, só a da moçinha rezando - aquele zumbido de uma conversa baixa, significando ser um assunto totalmente sigiloso. Ou da falta de atenção dos mesmos, perguntando: O que? Am? Não estou escutando? Número sete é que letra? C? A? Que? Eu não enxergo com caneta vermelha, pode muda para a preta? As risadas frenéticas, as vezes do nada, da tal mocinha. E quando olhava-mos para trás, ela estava vermelha de tanto rir e nem conseguia explicar o porque.
Com certeza quero nunca me esquecer daquela moça sempre feliz e sorridente, prestativa, pronta para ajudar a quem fosse. A moça que me acolheu na sua amizade com tanta doçura que me fez sentir muito a vontade a estar sempre perto dela. Que se preocupava, que tentou me abrir os olhos com algumas coisas assim como uma mãe tenta fazer com um filho. Mas como muitas vezes, os filhos optam por outros caminhos e aprendem com o erro que a "tal mãe" tentou alertar. Aquela que eu passei a entender, a compreender e a considerá-la minha amiga!
Não poderia deixar de me lembrar daquele rapaz, sentado logo a minha frente, de casaco azul, verde e preto. O tal rapaz dorminhoco super inteligente que algumas poucas vezes quase me matou de raiva por querer ser tão mandão. Esse mesmo. O que quando quer, é carinhoso com o seu próximo. Às vezes demonstra tal carinho com umas brincadeiras estranhas. A menina da simpatia gigantesca que o diga, não é mesmo?
E as duas mocinhas a minha esquerda? Tão faladeiras às vezes, mas tão carinhosamente risonhas. Sempre tão felizes, tão cheias de sorrisos espalhados pelo rosto. Chegava a ser contagiante.
"Deus ama quem da com alegria!" Coitado desse rapaz. Sofreu poucas e boas na nossa mão. Sempre muito quieto, muito na dele, quando abria a boca era para impor aquilo que pensava. Acabava irritando alguns – e eu estive muitas vezes nesses "alguns" -, mas não se importava com o que iam achar ou pensar dele. O tal menino que quer ir tão longe e que foi conquistando seu lugar com as pessoas.
E aquela menina a minha direita, sentada logo na primeira carteira? Às vezes quieta, mas tão divertida ... Eu ri muitas vezes com suas "brigas" com a menina simpática e o menino do casaco verde, azul e preto. Quanta paciência cabe ali dentro? Porque para agüentar os professores sempre fazendo brincadeiras, zuações e implicando com a pobre da menina ... só mesmo com muita força de vontade e muita paciência, não é mesmo? Essa menina vai longe... vai muito longe.
Não vou me esquecer nunca daquela menina tão esforçada, sempre querendo aula, aula e mais aula. Eu a quis esganar algumas vezes por isso, mas nada que não passasse logo. Essa menina que passou a ser tão importante para mim. Que me escutava e que se preocupava. A menina que me carregava de cavalinho no corredor até não aguentar e me mandar descer, só que sempre sorrindo.
Eu sei que vou chorar, que vou sentir aquele aperto imenso no meu peito. Que vou querer ligar loucamente para muitos desses, querendo os rever para matar a saudade. Sei que posso, até, querer voltar para esses dias. Querer de volta esse meu dia-a-dia com esses meus amigos, mas será uma vontade extremamente em vão. Quero nunca mais perdê-los, mesmo sabendo que o tempo, por si só, vai nos afastar. Vocês foram, são e vão ser muito importantes na minha vida.
Um apreço imenso por vocês!

(Aos meus amigos, e alguns anjos, do meu terceiro ano: Natália, Arthur, Lucas, Hugo, Samir, Lorena, Igor, Nathália, Lívia, Thaís, João Carlos e Lália).

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